quarta-feira, 7 de julho de 2010

TRABALHO: O que são algas?

O que são algas?

Algas podem ser definidas como vegetais sem órgãos especializados

Alga é uma palavra que vem do latim e significa "planta marinha".

Mas nem todas as espécies de algas são plantas na atual classificação dos seres vivos e nem todas elas vivem no mar. Uma característica comum em todas elas é a presença de clorofila em suas células.

Características

As algas não possuem tecidos e órgãos especializados. Sendo assim, não tem raiz, caule, folha e nem flor; seu corpo é um talo, e, por isso, são chamadas de talófitas.

Existem algas pluricelulares de diferentes formas e tamanhos. Elas podem ter a forma de filamentos, lâminas ou ramos. Muitas vezes, tem a forma de uma folha. Mas, se as examinarmos no microscópio, verá que elas não apresentam a estrutura das folhas verdadeiras.

Nome de cada grupo, seja ele unicelular, multicelular ou ambos.

Nome científico

Nome comum

Estrutura

Cianophyta

Algas azul-verde

Unicelular (1.500 espécies)

Chlorophyta

Algas verdes

Ambas (6.000 espécies)

Phaeophyta

Algas pardas

Multicelular (2.000 espécies)

Rhodophyta

Algas vermelhas

Multicelular (4.000 espécies)

Como vivem

As algas são encontradas em muitos lugares: nos mares, nos rios, nas lagoas, sobre pedras, troncos de árvores e outras superfícies muito úmidas.

Elas podem viver fixas, por exemplo, no fundo dos mares, dos rios e sobre rochas. Podem também flutuar na água; neste caso, podem possuir bolinhas como bóias e não as deixam afundar.

As algas absorvem os sais minerais de que precisam através de toda a superfície de seu corpo.


Profundidade máxima no oceano para o crescimento das algas? Por que ela não pode se desenvolve em lugares muito profundos?

As algas verdes que se encontram na superfície, em lagunas baixas, ou em zonas com acesso ao sol.

As algas pardas podem crescer, todavia a uns 25 metros de profundidade por ter pigmentos que lhes permitem absorver luz fraca.

As algas vermelhas são as que vivem em maior profundidade. O pigmento vermelho lhes permite absorver os raios azuis violetas que são os que penetram no profundo oceano. Isto permite que estas algas existam até 60 ou 70 m de profundidade. Mais que isso já não há suficiente luz para permitir vida botânica.


Cor, fator de classificação

A cor de uma alga é dada por pigmentos especiais.

Entre eles, destacam-se os seguintes exemplos:


Clorofila - possui cor verde

Ficoeritrina - possui cor vermelha

Fucoxantina - possui cor marrom

De acordo coma predominância de um certo tipo de pigmento nas suas células, as algas podem ter várias cores. Assim, as algas pluricelulares compreendem as clorofíceas, rodofíceas e feofíceas.

Clorofíceas (algas verdes)

Por possuírem clorofila, como pigmento predominante em suas células, as clorofíceas são verdes. Este grupo compreende muitas espécies, que são predominantemente aquáticas, podendo viver em água salgada e em água doce.

Como exemplo, podemos citar as algas marinhas do gênero Ulva, que possuem representantes comestíveis e chamados de alfaces-do-mar.


Rodofíceas (algas vermelhas)

As rodofíceas possuem bastante ficoeritrina, embora tenham também clorofila. São algas vermelhas e geralmente macroscópicas e marinhas, mas existem formas que vivem na água doce. Entre as algas vermelhas, existem formas comestíveis, como as algas do gênero Porphyra.

Feofíceas (algas pardas ou marrons)

As feofíceas possuem bastante fucoxantina e são geralmente macroscópicas e marinhas. São as algas pardas ou marrons. Algumas espécies podem medir mais de 50 metros de comprimento.

A alga parda Laminaria é um exemplo de alga comestível; assim como os demais exemplos de algas comestíveis, essa alga é bastante consumida como alimento, principalmente pelos povos orientais.


Reprodução das algas

As algas podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada.

A reprodução assexuada se dá, principalmente, através de esporos. Outra forma de reprodução assexuada ocorre com pedaços destacados da alga, que brotam originando novas algas.

A reprodução sexuada é feita através dos gametas, que são trocados pelas algas.

As algas e o meio ambiente

As algas oferecem importantes contribuições ao meio ambiente.

Tanto as unicelulares quanto as pluricelulares realizam fotossíntese. Elas são responsáveis por mais de 70% do gás oxigênio liberados diariamente na Terra, principalmente as unicelulares flutuantes, que fazem parte do chamado fitoplâncton.

Assim, as algas são responsáveis, em grande parte, pela renovação do oxigênio do ar atmosférico e daquele que se encontra misturado na água, necessário aos seres aquáticos aeróbicos.

As algas também constituem a fonte mais importante de alimento, direta ou indiretamente, para a grande maioria dos seres vivos aquáticos.

Algas úteis

Certas algas marinhas pluricelulares são excelentes fertilizantes. A Sargassum, uma feofíceas, é um exemplo de alga que, depois de ressecada e moída, fornece um adubo muito rico em sais minerais diversos. Misturadas ao solo, essas algas o enriquecem com as substâncias necessárias à vida das plantas.

Em certos países, como o Japão, algumas algas são muito usadas na alimentação humana. Nos restaurantes de dieta macrobiótica é comum o consumo de algas.

As algas podem também ser empregadas na indústria como fontes de alginatos, muito importantes especialmente na indústria de alimentos - como, por exemplo, dar consistência ao sorvete - e na fabricação de cosméticos, como sabonetes e pastas de dente.

As algas vermelhas do gênero Gelidium fornecem uma substância chamada ágar, que é aproveitada como matéria-prima para remédios, laxativos e gomas. O ágar é muito utilizado também em laboratórios e em faculdades, como meio de cultura para desenvolvimento de microrganismos. O ágar foi usado, na Grécia antiga, como produto rejuvenescedor e, hoje, vem sendo usado na cicatrização de queimaduras.

Como elas se comparam à folha, caule e raiz de uma planta comum?

· Haptério: Tem a função de uma raiz ao firmar a planta à rocha, mas não de condutor de alimentos.

· Estipite: Tem aparência de talo e serve para ramificar ou extender a planta, mas não tem células condutoras.

· Fronde: E a extensão da planta. Em alguns casos tem aparência de folha, em outros se parece a uma grama e em outras como ramas secas ou com bolhas de ar. Nestas posições se encontram as células reprodutoras, mas ao observar de perto se nota que não contém as veias de condução como têm as folhas de plantas terrestres. Na realidade se pode descrever uma alga como uma colônia de células que trabalham independentemente para seu sustento, e em conjunto para sua proteção e estabilidade.


As algas e a morte de peixe

Como você sabe, muitas espécies de algas vivem em água doce. São muito comuns em lagos, represas e reservatórios. Às vezes, esses ambientes recebem grande quantidade de sais minerais usados como adubo na agricultura e que são levados até eles pela água de chuvas. Outras vezes, descarregam-se nesses ambientes lixo, esgoto doméstico e resíduos industriais, materiais geralmente ricos em substâncias orgânicas. Essas substâncias são decompostas por microrganismos, que liberam sais minerais diversos na água.

Nessas condições, em presença de grande quantidade de sais minerais, certas algas superficiais podem se reproduzir intensamente, formando um "tapete" sobre a água. Esse "tapete" de algas dificulta a penetração de luz na água, o que afeta a atividade fotossintetizante de algas submersas. Assim, as algas submersas deixam de fazer a fotossíntese e, portanto, deixam de liberar gás oxigênio. Isso provoca a morte de seres aeróbicos, como os peixes, por asfixia. Além disso, as algas submersas morrem em grande quantidade e são decompostas; a decomposição libera na água substâncias tóxicas e malcheirosas, tornando-a imprópria para o consumo. Esse fenômeno tem ocorrido em diversos locais no Brasil, como na represa Guarapiranga, na cidade de São Paulo, e na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

O gás oxigênio produzido pelas algas do "tapete" superficial é liberado, praticamente em sua totalidade, para a atmosfera.

As diatomáceas são um grupo de algas muito valiosas mas microscópicas.São algas unicelulares cobertas por uma "caixinha" de sílica. Quando a alga morre, a sílica não se decompõe, assim sendo estes "esqueletos" vão se acumulando no fundo dos lagos e de baías, às vezes chegando a medir uns 300 m de espessura. Isto é escavado e usado em filtros, isoladores, cera ou polidores, e recentemente como inseticida dessecante. Há provavelmente mais de 10.000 espécies descobertas até agora.




Trabalho de Biologia apresentado por Alberto Júnior , Matheus Augusto , Joesley Santana , Halison Gheorgenes.

Profª Ezilda